quarta-feira, 21 de outubro de 2020

EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA UM FUTURO SUSTENTAVEL




     Partindo da premissa de que uma árvore possui mais valor comercial morta que viva, podemos analisar o quão a sociedade de consumo em que vivemos é um risco para a sobrevivência da vida no planeta. A exploração ambiental a séculos movimenta a economia das sociedades, com a Revolução Industrial foi agravado a prática de exploração humana do meio ambiente o que aumentou a degradação de vários ecossistemas. Será que do século XVIII para a contemporaneidade estamos caminhando desgovernadamente para o fim da vida na Terra? 

Com o êxodo rural ocasionado pela mecanização do campo e o eventual aumento de cidades industrializadas, houve uma maior exploração de recursos naturais para fins industriais, o território inglês era responsável no século XVIII por cerca de 90% da produção de carvão mundial, esse carvão assim como o petróleo, gás e outros recursos naturais, era o vetor da energia utilizada pelas indústrias da época. E com o crescimento abrupto dessas zonas industriais surgiu também vários problemas advindos dessa exploração, não apenas dos recursos naturais, mas também da força humana.

 Disso autoridades sanitárias relataram em documentos que houve um grande aumento de epidemias, distúrbios mentais, infanticídios e suicídios ocasionadas justamente por essa exploração. Puxando esse debate para contemporaneidade, vemos que a origem da pandemia de SARS-COV-2, também está correlacionada a exploração ambiental tendo em vista que a suposição é de que a origem do vírus pode estar relacionada ao contato com morcegos, ou seja,contato em virtude da exploração da vida selvagem.

A exploração humana do meio ambiente pode resultar em novas pandemias, já que estima-se que ainda existem milhares de outros vírus ainda desconhecidos e com os mesmo potenciais infecciosos da Covid-19 “adormecidos” no meio ambiente. Quando as mazelas antes situadas apenas nas zonas periféricas começam a atingir as residências da burguesia, essa elite se viu na necessidade de pensar em alternativas para reduzir esses danos, assim desde o século XVIII possuímos registros de um surgimento da valorização do meio ambiente, mesmo que ela seja sob uma ótica muito romantizada.

Essa ação da burguesia de retratar costumes que valorizavam zonas verdes para práticas de leituras, passeios em família e outras ações nos campos é provavelmente a origem da ideia de uma valorização ecológica, mas essa com o tempo essa valorização não se restringiu apenas a burguesia, sendo abraçada por diversos setores da sociedade, no Brasil, por exemplo, é muito evidente a atuação de movimentos indígenas, ou rurais como o MST, religiosos como a CPT na luta pela preservação do meio ambiente.

O professor de ecologia antes de tudo também deve ser um militante de causas ecológicas, quando alguém se propõe a construir em escolas debates relacionados ao contexto atual em que se encontra o meio ambiente, esse professor possibilita ampliar a discussão de políticas sociais que visem ampliar práticas sustentáveis na sociedade. Favorecendo após a inserção desse debate na política local, a aplicação de medidas que buscam reduzir o impacto da exploração humana no meio ambiente, e derrubando a ideia de que para haver crescimento econômico precisa haver exploração ambiental e evidenciando que podemos construir práticas sustentáveis para um mundo melhor.


NUNCA ME SONHARAM


Capa filme Nunca Me Sonharam

    Dirigido por Cacau Rhoden, o documentário “Nunca Me Sonharam” trata sobre os desafios contemporâneos da educação, os anseios para o futuro e os sonhos de quem vive a realidade das escolas públicas no Brasil. Para isso Rhoden junto com André Finotti e Tetê Cartaxo construíram uma história que trouxe as vozes de estudantes, professores, gestores e especialistas, um documentário que reflete a importância e o valor da educação na sociedade brasileira.

    De origem humilde, Rhoden, é filho de imigrantes e trabalhava como office boy para ajudar em casa. Em entrevista para a repórter Fernanda Peixoto, ele contou que sua história com o cinema surgiu na rua XV de Novembro, na região central de Curitiba, ele viu um cartaz que lhe chamou atenção na porta de um cinema e como tinha dinheiro resolveu comprar um ingresso. O nome do filme que estava em cartaz era “Sonhos”, do cineasta japonês Akira Kurosawa. Ele afirmou para a repórter que saiu do cinema decidido que era aquilo que eu queria fazer pelo resto da vida. 


Trailler "Nunca Me Sonharam":


   

    Em “Nunca Me Sonharam” que também trata de sonhos, é exposto a negligência da sociedade brasileira para com os jovens, os anseios dessa juventude, os desafios encarados por ela, o desmantelamento dos sonhos ocasionados por um país altamente desigual, as tensões que ocorrem em uma escola que é hierarquizada, altamente linear e conteudista, que não agrada e nem comunica com essa nova geração. Mas também, o documentário expõe contrapontos com a opinião dos personagens engajados com questionamentos e experiências que buscam refletir e apresentar soluções que visem melhorar a realidade da escola pública. 

    Com trilha sonora composta por Conrado Goys, e uma sonoridade que combina com o modo leve que o documentário exibe os sonhos dos vários atores sociais que compõe a escola pública brasileira. “Nunca Me Sonharam” nos convida para uma revolução no cenário da educação, apresentando realidades distintas, com depoimentos captados em sete estados da federação, e nos leva a refletir o quão importante é a nossa atuação e o papel da educação, como agentes transformadores da realidade.




sexta-feira, 3 de maio de 2019

Existe logica na musica?

Desde novo eu sempre desejei fazer um curso de violão, naquela época um garoto que tocava violão tinha até um certo destaque para as meninas e por achar bacana tornou-se um grande desejo meu. Porém na realidade em que eu possuía, nada favorecia para que esse desejo chegasse a se realizar, pois para a vida financeira de meus pais nem o instrumento tão pouco a mensalidade do curso seria viável, o que tornou impossível esse sonho se concretizar. 

Anos depois tive meu primeiro contato com a musica, graças a um amigo que se propôs a tentar me dar aulas não de violão mas de um instrumento um pouco mais complexo e muito mais bonito de se ouvir que é o violino, na primeira aula ele começou a me falar sobre como funcionava as partituras, confesso que me lembro de pouca coisa mas lembro de minha surpresa ao ver que a matemática também estava presente na musica. Quando ele me falava em relação  a questão dos tempos e também da posição em que se deveria dedilhar para obter uma nota eu pude compreender a grandiosidade que existe no meio musical e que diferente do que minha mente pensava não bastava apenas ter um bom ouvido mas sim também ser um bom matemático, não finalizei meus estudos com o violino, porém pude aprender muito sobre a musica e o instrumento no período em que tive as aulas.

Em uma das aulas do CC de PMC - artes eu tive a oportunidade junto aos colegas de poder tocar um teclado, coisa que nunca avia feito e junto com a explicação do professor pude entender a logica que existe na organização das teclas para gerar o som. Eu não fazia ideia do que era uma oitava até essa aula e sai de la sabendo tocar o "Dó Ré Mi Fá" popularmente conhecida pela galinha pintadinha.



Na outra aula o professor nos mostrou um instrumento criado através de canos de PVC, que tem uma logica similar ao do instrumento utilizado nas apresentações do Blue Man Group (veja no vídeo abaixo) que quando você batia na boca dele em cima com uma sandália ele reproduzia sons diferentes um do outro e os sons aconteciam de modo diferente graças as medidas dos comprimentos de cada cano. 




Você também sabia que existia essa relação da matemática com a musica? Comenta ai.

Criando uma logomarca com o numero de ouro

Uma das tarefas designadas no componente de perspectivas matemáticas computacionais em artes (PMC - artes)  era a criação de uma logomarca no qual o numero de ouro fosse aplicado e depois fosse avaliado em coletivo pela turma.

Disso foi solicitado que a gente fizesse um slide explicando a proposta e expondo o processo até a finalização.







Apresentei o esboço pois ainda precisaria consultar o grupo que estaria a frente do canal.

Matematica e arte andam juntas?


Imagem internet: Homem Vitruviano obra de Leonardo Da Vinci
Lecionar é mediar conhecimento, quando o profissional da educação possui uma formação mais rica e abrangente sobre métodos educacionais ele é capaz de em suas praticas apresentar ao aluno múltiplas formas de aprender. Quando a UFSB trás em sua proposta vários componentes curriculares que atrela arte e matemática ela torna possível quebrar preconceitos que muitos de nos criamos no ensino básico e ver que mesmo tendo finalidades diferentes ambos podem dialogar e se complementar. 

Prova inquestionável disso é o homem Vitruviano de Da Vinci e sua bela simetria, ou a arquitetura que com a geometria trás formas e traços que tornam o espaço onde o humano vive muito mais prazeroso. E não apenas na arquitetura podemos encontra a junção de ambos, mas também em poesias cuja a métrica era essencial para a harmonia que o poeta deseja alcançar ou então na velocidade em que as fotos precisam ser capturadas fazendo nascer o cinema.

Aguá e óleo podem até não se misturar, mas matemática e arte é um casamento que ninguém coloca defeito. 

A importância do numero de ouro para o mundo artístico

Quando ainda existia locadoras de filme no mangabinha - bairro em que morei dos meus 2 até os 8 anos de idade - eu amava locar filmes para assistir no aparelho de VHS da minha tia, como maioria das crianças o que me agradava era os desenhos animados. Dentre desenhos de super heróis surgiu um curta metragem da Disney, no qual o contexto da historia se dava em uma viagem do Pato Donald no terra da matemática.

Curta completo disponível no youtube:



O filme trazia de forma lúdica uma visão da matemática que nunca antes eu tinha tido, apresentando que ela estava presente em lugares como um jogo de sinuca, em uma obra de arte e na musica, coisa que em minha mentalidade de garoto ainda não era possível imaginar.

Um trecho bacana do curta é quando o Donald conhece o numero de ouro, em uma aula de PMC o professor apresentou esse trecho para mostrar aos alunos o quão a matemática estava presente na arte e como ela poderia contribuir na harmonia que muitos artistas buscam. Esse numero de ouro, também chamado de proporção áurea, ele é estudado desde Antiguidade, pois muitas construções gregas e obras artísticas apresentam este número como uma base. Devido as suas inúmeras aplicações, muitos se referem à ele como sendo uma oferta de Deus para o mundo, pois ele também está envolvido com a natureza. 

Trecho citado acima:


Logo após ele já ser explorado pelos gregos, o matemático italiano Leonardo Fibonacci descobriu uma sequência de números infinita, onde a divisão entre os termos consistia sempre na aproximação do número 1,6180 o aclamado numero de ouro. O número de ouro pode ser encontrado de forma aproximada no homem, o tamanho das falanges, ossos dos dedos, nas colmeias, entre inúmeros outros exemplos que envolvem a ordem de crescimento na natureza.

Dizem até que o individuo que possui em suas medidas, que após serem calculadas, tenha exatamente o numero áureo essa pessoa seja proporcionalmente perfeita. 

quinta-feira, 2 de maio de 2019

A relevância letramento digital



Da necessidade de reverter os rumos da guerra contra os nazistas, um grupo de jovens matemáticos liderados por Alan Turing formularam uma maquina que tornou possível decodificar mensagens dos nazistas interceptadas pelas forças aliadas. Esse trabalho foi essencial para que as forças aliadas evitassem inúmeras mortes e ganhassem a guerra. Mas também com esse trabalho nasceu os códigos matemáticos, que tornaram possível a existência do computador e posteriormente a internet, smartphones, tablets e outros itens digitais que conhecemos hoje. Este blog por exemplo, para que essa postagem exista possui inúmeros códigos de HTML com toda uma estrutura que possibilita que o texto chegue até você leitor da forma organizada que você possa visualizar.

Fato é que com os avanços alcançados pela humanidade desde a segunda guerra para os dias de hoje praticamente todos tem acesso a meios digitais e o simples ato de programar um texto, um jogo, um aplicativo, pode se tornar no futuro mais que um hobbie mas sim uma necessidade. A UFSB compreendendo isso, concede a oportunidade para que todos os discentes tenham como compreender um pouco além do que é mostrado nas interfaces dos meios digitais. Tendo na formação geral componentes que constantemente estão em contato com os meios computacionais e principalmente que demonstram como funciona a logica da programação de computadores. 

Além do componente de Perspectivas Matemáticas computacionais, antes temos também o CC de Introdução ao Raciocínio computacional, ambos exigem do discente desenvolver habilidades no domínio de sistemas computacionais e de programação. É um dos CCs "optatórios" que a UFSB exige para sua formação interdisciplinar e que como qualquer outros impõe desafios aos discentes para que os mesmos busquem aprimorar seu repertorio intelectual. 

No meu ponto de vista a importância desses componentes se dão a partir do momento em que promovem o letramento digital, de pessoas que antes nunca tiveram contato com esses meios e agora se encontram com a necessidade de criar vínculos e habilidades nas plataformas digitais. Favorecendo assim uma melhor desenvoltura em sua trajetória acadêmica, tornando possível um melhor escopo para o projeto que a universidade defende, pois favorece a inclusão dos alunos que não dominam os meios digitais equiparando-os com os que já dominam e com estas ferramentas podemos enquanto discentes criar mais autonomia na busca por informações. Lamentável que com os sucessivos cortes que a educação superior vem sofrendo, este projeto de inclusão digital se veja ameaçado, pois antes a universidade disponibilizava um notebook para cada discente e hoje não possui maquinas suficientes para suprir as necessidades das turmas que estão na formação geral.

Comente sua opinião sobre a inclusão promovida através do letramento digital.