segunda-feira, 29 de abril de 2019

O aquecimento global realmente existe?




A filosofia, mãe praticamente de todas as ciências vem passando por um difícil momento neste ano de  2019, com diversas ameaças feitas pelo governo de redução de investimentos no campo das humanidades a mãe do pensamento critico hoje se vê em risco com os anúncios de nosso excelentíssimo presidente da republica (vulgo twitteiro e blogueirinho) Jair Messias Bolsonaro. Mas o que isso tem haver com o titulo da postagem?

Quando eu era estudante do ensino fundamental, minha primeira referencia de filosofia não veio de minha família, mas sim da professora Alane e com as aulas dessa "fada" da educação tive a oportunidade de conhecer  o que era democracia, ouvir nomes de grandes filósofos como Platão, Sócrates e Aristóteles, aprender sobre a mitologia grega tudo isso de forma lúdica. Assim desde cedo comecei a ter uma formação cidadã e construir um pensamento critico sobre as coisas, meu primeiro contato com um pensamento cético ocorreu quando essa professora nos falou sobre o mito da caverna de Platão, um mito que nos leva a refletir se tudo aquilo que acreditamos ter visto é de fato o que estava acontecendo.

O mito da caverna de Platão me levou a perceber que nem tudo que a gente vê de fato é daquele modo, principalmente quando se trata da mídia, infelizmente por mais que se haja um esforço de alguns meios de comunicação para demonstrar imparcialidade, como tudo que envolve a humanidade vai haver parcialidade, pois sempre aquele que apresenta o ponto de vista vai privilegiar aquela ideia que ele acredita como verdadeira e não somente "mostrar os fatos". Mas porque então estou questionando a existência do aquecimento global como um mal para o planeta? O que tem haver toda essas coisas que falei acima com o problema ambiental que o planeta encara? 

Tudo começa novamente por intermédio de um professor em sala de aula, onde ele nos envia a tarefa de ver alguns videos demonstrando pontos de vista, favoráveis e contrários ao aquecimento global, onde seria na outra aula formado uma especie de tribunal que iria alguns alunos defender, outros refutar e por fim alguns analisarem os argumentos da tese que se sustenta o aquecimento globla, eu por "sorte" peguei o lado que defende a não existência do aquecimento global como um problema, principalmente que ele não seria causado pela humanidade, só que desde novo aprendi que sim o aquecimento do planeta é um problema e que tudo isso teria um menor impacto se principalmente as empresas e as pessoas tivessem mais cuidado com o meio ambiente e reduzissem o consumo de combustíveis. 

Então resumindo eu tive que ouvir e ver um ponto de vista contrario ao que eu acredito, preparei meu espirito, me concentrei para tentar ser o mais próximo da imparcialidade e ouvir as várias opiniões contrarias a aquilo que entendo como aquecimento global. Nunca antes eu tinha tido contato com esse tipo de material, já que aparentemente a mídia aberta também concorda com a maioria dos estudiosos de que sim o aquecimento global é um problema e que também ele é ocasionado principalmente pela ação humana.

Pois bem la fui eu ver esses dois videos documentários que estão no youtube:







A principio quando estava começando a ver o documentario, eu enxergava aquele bando de homens como uns lunáticos, que eles não teriam nada além de interesses de defender o capital privado e que esses lunáticos não possuíam nenhuma base para rebater uma teoria tão sustentada por inúmeros estudiosos no mundo que é o aquecimento global. Porém como meu papel na atividade consistia em defender este ponto de vista fui analisar pontos fortes nos argumentos apresentados por essas pessoas, como a explanação era curta tive pouco tempo para expor tantas coisas que era apresentado.

Me chamou atenção em um momento do documentário em que um professor universitário apresentou um gráfico sobre a alteração da temperatura do inicio da revolução industrial até o boom econômico com as grandes produções industriais, o gráfico apresentava a queda da temperatura nesse período, favorecendo no ponto de vista dele o argumento de que não seria graças as industrias que o aquecimento global seria causado. Posteriormente no outro vídeo o professor da USP fala com relação a atividade do  vulcão Etna que durante o período que esteve ativo emitiu mais poluentes que a humanidade em todo período de revolução industrial, levando a entender que o processe do aquecimento global é natural e ocasionado pela natureza.

Como bom curioso tentei buscar benefícios do CO2 e em uma das paginas também tinha o argumento de que sem o aquecimento global nos estaríamos ainda em um planeta gelado, o que tornaria a vida impossível pois inviabilizaria a produção de alimentos para os seres vivos. Com base nesses três pontos tentei defender que o aquecimento global seria uma farsa projetada somente para atender interesses de governos e ONGs.

Além desse material o professor disponibilizou mais outros videos que tratam da defesa de que o aquecimento global é sim causado pelo homem e atrai inúmeros riscos para a vida. Vide abaixo:









O bacana dessa atividade é que proporcionou a possibilidade de pessoas que, assim como eu, antes não tiveram contato com visões opostas agora puderam ter, favorecendo assim a possibilidade até de se questionar se de fato o aquecimento global é prejudicial ou se ele seria algo que estaria dentro do controle humano - se seria possível evitar - ou se a natureza esta apenas seguindo seu ciclo.

Vários desses pontos de vista podem ser achados facilmente na internet, o que vale é tentar checar as informações se elas procedem com as fontes citadas e não cair em questões já convencionadas mundialmente (tipo se um loucão quiser refutar a gravidade), fato é que devemos proteger nossas florestas pois alem de nos beneficiar ela é morada de outras especies. Depois desse conteúdo me diz ai nos comentários o que você acha, o aquecimento global realmente existe?


terça-feira, 26 de março de 2019

Desigualdade Social como agravante da pobreza

É que o de cima sobe e o de baixo desce!

Da esquerda para a direita, o clube dos homens mais ricos do mundo: Bill Gates, Amancio Ortega, Warren Buffett, Carlos Slim, Jeff Bezos, Mark Zuckerberg, Larry Ellison e Michael Bloomberg. (Foto retirada da internet)


Em 2017 a BBC Brasil publicou em seu site uma noticia um tanto quanto curiosa, nela informa que os 8 bilionários que têm juntos mais dinheiro que a metade mais pobre do mundo. Se essa noticia não te faz acender uma luz de alerta não fique assustado, você foi ensinado a entender que essa realidade faz parte da ordem natural de nossa sociedade capitalista.

Questão é que essa naturalidade com que tratamos as desigualdades sociais advém principalmente de uma fé que possuímos muitas vezes de fazer parte do clube dos ricos. Sonhar com uma provável mobilidade social em que alguém deixa de ser pobre para ser rico é uma realidade pois no capitalismo é vendido essa ideia, porém qual a possibilidade de um dia isso ocorrer? O quão distante hoje esta as pessoas mais pobres das pessoas mais ricas?





No vídeo acima é exposto uma pesquisa realizada por um economista que é professor na universidade de Havard onde ele fez um levantamento sobre o que as pessoas pensam ser a desigualdade entre ricos e pobres nos EUA, o que elas acreditam ser o ideal para a sociedade e por ultimo a real desigualdade que existe entre ricos e pobres nos EUA. Após apreciar os dados expostos é possível encarar que o cenário de desigualdade, não somente nos Estados Unidos, mas no mundo é alarmante. 


Por isso o o sociólogo e filosofo polonês Zygmunt Bauman fez uma analise critica sobre esse tema e posteriormente escreveu um livro que em seu titulo já trás um questionamento "A riqueza de poucos beneficia todos nos?" e no decorrer do livro ele rebate a ideia de que o mercado seria o responsável por corrigir a distancia que há entre ricos e pobres. Esse livro em questão foi discutido em sala de aula no CC Universidade e contexto planetário, em uma dinâmica promovida pelo professor que possibilitou a participação de todos os alunos do componente, o primeiro capitulo do livro foi destrinchado para que os alunos tivessem a possibilidade de ler trechos e desses trechos sintetizar algo para comentar para os outros colegas. 


No trecho que eu fui responsável de ler e explanar aos colegas Bauman apresenta alguns dados do prefácio do Human Development Report do Programa de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, de 1998 onde é apresentado que  20% da população mundial abarcavam 86% de todos os bens produzidos no mundo, ao passo que os 20% mais pobres consumiam apenas 1,3%. Quinze anos depois a situação era de 20% dos mais ricos da população mundial consumindo 90% dos bens produzidos, enquanto os 20% mais pobres consumiam 1%. 


Recentemente a OCDE divulgou dados mostram que no mundo a chamada classe media vem diminuindo de tamanho e a camada de pessoas na linha da pobreza vem aumentando, tudo isso decorrente, principalmente, de mais uma crise que o capitalismo passa. O que ocorre é que da forma que esta sendo feita a relação financeira em nossa sociedade, quem nasce rico fica cada vez mais rico enquanto aqueles que nascem pobres tornam-se cada vez mais pobre e com esse enriquecer de quem já é rico, cria um enorme abismo entre as pessoas que fazem parte de cada um dos grupos, ocasionando assim uma maior dificuldade de ascensão social para os que estão na linha da pobreza. Essa reflexão me fez lembrar do texto sobre o acumulo de riqueza onde questiono sobre a necessidade humana de ter coisas que por vezes ele não vai utilizar no decorrer de sua vida.


Será que de fato e justo então viver em um mundo com desigualdades? É justificável poucos terem muito enquanto uma grande parcela tem tão pouco? Deixe sua opinião nos comentários.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Os Muros

Em uma das aulas do CC Campos das Humanidades, discutimos em sala sobre uma das questões que são tabu em nosso planeta, os muros. Porém não simplesmente os muros que rodeiam casas e condomínios mas muros que segregam e carregam em seu concreto inúmeros problemas que assolam a vida humana em sociedade.

Disso a professora Regina Soares, ministrante do CC, disponibilizou em nosso portal o Sigaa, videos de uma serie realizada pelo canal Tv Folha, que tratava sobre os vários muros mundo a fora. Para introduzir em sala de aula foi realizado uma dinâmica onde todos os alunos presentes se dividiram em grupos e sendo cada grupo responsável por elaborar ugamentos a favor e contrários a existência dos muros.

Nos videos temos muros retratados na fronteira entre Estados Unidos e México, Quênia e Somália, Servia e Hungria, Israel e Cisjordânia, Brasil e por fim no Peru. Minha equipe ficou responsável por reportar o vídeo referente ao muro que entre Israel e Cisjordânia. Abaixo é possível ter acesso ao vídeo:



A partir disso alem de assistir o material disponibilizado realizamos uma pesquisa mais profunda sobre o conflito social que ocasionou o nascimento do muro. Na dinâmica a gente pode aprender de forma lúdica o que os colegas também pesquisaram, teve colegas que encarnaram de fato o papel de defensores (mesmo sendo contrários), o que proporcionou uma melhor concepção sobre os problemas e possíveis soluções para que esses muros deixem de existir ou que permanecesse caso fosse eficiente na função desejada.

Em maioria dos casos (se não na totalidade) os muros apresentados se apresentavam como uma especie de solução para amenizar algum problema social geralmente ligado a questões de segurança. Onde um determinado grupo se sentia ameaçado com a presença de outro e para evitar conflitos diretos ou outros problemas tornaram o muro como uma solução. 

No caso do muro em Israel o conflito histórico entre o povo israelense e palestino esta diretamente ligado a existência desse muro. O conflito nessa zona se ocasiona principalmente por questões territoriais, onde vemos o povo palestino pouco equipado de modo desesperado tentando enfrentar a autoridade que o estado de Israel impõe sobre eles. Nesses enfrentamentos muito sangue foi derramado durante décadas, até que houve a proposta da construção do muro, assim após a construção houve uma redução dos ataques feitos por palestinos no território israelense. 

Porém quando construído o muro acabou trazendo com ele algumas dores, tirando o direito de pessoas de circular livremente por terras que antes elas produziam ou tinham uma certa ligação familiar ou pessoal. Além de dificultar a entrada de pessoas que trabalham em Israel. Vou mais além quando afirmo que o muro também serve para menosprezar o povo palestino, que curiosamente hoje é um povo que possui um estado considerado membro da ONU com status de Estado Observador, e possui um reconhecimento similar ao de Israel que foi fundada em assembleia geral da ONU. 

Para o muro deixar de existir, ou melhor colocando, para o conflito sessar é necessário que ambos os povos abram mão de algumas das exigências. Porém as ultimas noticias que se tem não são animadoras para aqueles que sonham com o fim do conflito, o governo de Trump decidiu de modo arbitrário mudar a sede de sua embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, além disso o congresso israelense decidiu instituir o estado de Israel como um estado Judaico e admitindo apenas a língua judaica como a oficial, essas manobras claro ocasionou muitos protestos da comunidade árabe e internacional, pois foi pivô de conflitos entre soldados israelenses e civis palestinos, chegando a alguns serem assassinados por soldados de Israel em protestos.   

Diante disso é possível afirmar que dificilmente esse muro deixará de existir nas próximas décadas.

domingo, 5 de agosto de 2018

Debate em sala

Em uma das aulas do CC Campos das Humanidades, tive o privilegio de poder participar de um debate provocado pela professora Regina Oliveira, referente a algumas de questões que ainda são tabu em nossa sociedade. A visão dos imigrante em relação a aceitação no Brasil e a questão da implantação da politica de cotas em universidades. Abaixo você pode assistir a ambos os videos apreciados em sala de aula:








O mais interessante desse debate é poder encarar a questão de como o outro vê aquilo que ele determina como seu espaço. Em ambos os videos vemos relatos de pessoas que até então seriam estranhos em um certo ambiente em que predominantemente já existia um grupo e esse grupo por vezes reage de algum modo a presença desses indivíduos.

No caso dos Angolanos fica nítido o quão muitos brasileiros ainda tem em si uma bagagem destorcida de como encarar seus imigrantes, muitos dos discursos apresentados demonstram o quão regado de preconceitos e esteriótipos é a nossa visão sobre o povo africano. Aproveito ate para fazer de certo modo um link ao que foi descrito no post sobre o risco de uma unica historia, onde vemos a concepção equivocada de muita gente em relação ao povo de países da Africa. O desconhecimento para com o que esses indivíduos são torna para muitos de nossos compatriotas  esses indivíduos uma especie de desconhecido, um estranho que invade seu espaço e que muitas vezes não é bem visto nesse ambiente, prova maior disso é o desentendimento e os constantes conflitos ocasionados pela presença de imigrantes venezuelanos em Roraima.

No caso do vídeo que trata sobre a implantação da politica de cotas na USP o que há de similar é a reação não muito positiva dos atores sociais que naquele espaço já estavam estabelecidos, a presença de estudantes negros na USP é algo muito baixa em relação a muitas universidades publicas no Brasil. Essa ausência decorre  por conta de inúmeros fatores raciais e sociais encrustados em nossa sociedade que privilegia o homem branco em detrimento do jovem negro, primeiro por encarar uma sociedade que respira em suas diversas instancias a instalação de um racismo sistêmico, que coloca nosso povo negro em um lugar de subalternização, que atribui cargos com menos valorização a negros, que impõe ao jovem muitas vezes ter que abandonar o estudo ou conciliar a vida de estudante com a de trabalho para ajudar a por um prato de comida na mesa, segundo que nosso sistema publico de educação básica é falho, mesmo havendo na lei a obrigação de se fornecer um ensino para todos os brasileiros nos vemos que por muitas vezes essas palavras não saem do papel. 

Por conta de um conjunto de fatores que torna nossa estrutura educacional em muitos lugares deficientes com nossos professores mal valorizados, com muitos estudantes de licenciatura tendo uma formação rasa, pois não há um interesse em se investir mais em educação, por muitas vezes as aulas são canceladas por falta de merenda, energia, água e professores, e esse jovem que passa por tudo isso quando conclui o ensino médio se tiver a oportunidade de sonhar em fazer um ensino superior ele tem que competir por uma vaga com outros estudantes, muitos desses estudantes nunca precisaram trabalhar, nunca perderam aula e muitos de seus professores tiveram uma qualificação tão boa que lhe fizeram conceber melhor todos os assuntos. Disso vemos turmas de medicina majoritariamente formadas por brancos, filas de desempregados brigando por vagas de emprego composta majoritariamente por negros.




No vídeo alguns alunos entram em salas de aula para dialogar com outros alunos com relação a importância de se promover a politica de cotas na USP e alguns alunos na sala manifestam-se contrários a presença deles na aula pois estariam incomodados com o fato de não estar tendo a aula a qual eles estavam tendo. Visivelmente fica nítido o incomodo de membros daquele grupo com a presença desses indivíduos que la dialogavam em implantar uma politica que tornaria mais complexo a entrada de muitos dos já habituados ocupantes desse espaço. Nossas universidades por seculos foi espaço das elites brancas e com o sucesso da politica de cotas em abrir espaço para que jovens que antes não tinham possibilidade de estar em uma universidade hoje eles estejam ocupando esses espaços, porém essa conquista por muitos é vista como uma ameaça que deve ser barrada.

É extremamente lamentável ver em nosso país o quanto ainda os privilégios existem e pior ainda ver os privilegiados reagindo contra politicas que são necessárias para auxiliar os que mais precisam. Estamos em um período preocupante que sem duvidas ainda deve causar muitos calafrios.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

SEGUINDO NO PERCURSO DA EDUCAÇÃO

''Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. ''Paulo Freire

Imagem Google: Retrato de Paulo Freire

Educar vai além de transferir conhecimento, educar é aprender ensinando, é dividir o pouco que se sabe e assim criar mais ideias. Pensando em uma educação que aprende junto e ensina aprendendo que comecei a questionar o papel da educação para nossa sociedade.
Que tipo de educação precisamos? Qual é o meu papel neste processo? Foi com estes questionamentos que entro na UFSB encantado por um modelo de ensino inovador, inclusivo, que pensar sobre os diversos saberes e sua importância na sociedade. Hoje me vejo com a necessidade de ser um agente da educação, ser um educador é um sonho que vem sendo construído durante minha passagem por essa instituição.
Por ver a possibilidade fazer parte da construção de uma educação transformadora tenho escolhido ser professor, confesso que tenho muitas barreiras pela frente em uma país que não valoriza a educação e tão pouco o educador. Mas não poderia ser eu, sem o sonho de transforma a realidade, ver na educação a verdadeira revolução, ter um Brasil mais justo para que todos possam ser livres e só ela tem o poder de emancipar.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Importância do senso comum para o conhecimento cientifico

Com certeza em sua casa por diversas vezes algum parente lhe indicou algum tipo de chá visando ajudar a passar alguma enfermidade ou sintoma que você tenha apresentado. Tudo isso faz parte do conhecimento popular, conhecido como senso comum, aquela dica caseira que muita gente lhe da só que não possui muitas das vezes comprovação cientifica. Se liga no vídeo abaixo:




O que muita gente não imagina é que muitos desses conhecimentos, por vezes ignorados pela academia, são eficientes e por vezes serviram como amparo para nortear pesquisas cientificas entorno de alguma questão levantada sobre a veracidade desse conhecimento popular.

Um caso famoso é de uma pesquisa realizada na UNIFAL de Minas Gerais, em que os pesquisadores comprovaram que o chá feito das folhas de Pitanga-do-cerrado, é eficiente para o controle do diabetes. Esse estudo nasceu após os pesquisadores verem que não havia nenhuma referencia literária que comprovasse a eficacia desse chá no tratamento do diabetes e que mesmo assim esse chá já vinha sendo usado por populares para fins de auxiliar no tratamento da doença. Abaixo é possível ver uma reportagem feita pelo programa Globo Repórter tratando sobre  essa pesquisa:




Com isso é possível enxergar o quão importante pode ser o conhecimento popular, tanto para a manutenção de nossa existência quanto para o conhecimento cientifico.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Riscos de uma unica história

Sabe aquela frase que muitos ouviram quando eram crianças e deixavam algo no prato de comida? Aquela "Você não vai comer tudo? Não pensa nos meninos da Africa?" muita gente com certeza  já ouviu de alguém próximo essa frase, o que não se imagina é o quão negativa ela pode refletir na formação dessa pessoa que ouve.

No portal Sigaa a Professora Regina Oliveira, que ministra o CC Campos das Humanidades, disponibilizou para os discentes um vídeo que trata sobre o "Perigo de uma unica historia", o vídeo gravado durante uma palestra onde a escritora Nigeriana Chimamanda Adichie ela relata historias que ela pode vivenciar para fundamentar o porque ela acreditava ser um perigo concebermos apenas uma unica historia. Abaixo é possível ver o vídeo na integra:


No decorrer do vídeo pude analisar o quão carregado de esteriótipos e preconceitos, era minha visão para com alguns povos, essa visão muitas vezes regada pela construção cultural de tive advinda principalmente pela industria cultural, acerca de lugares e pessoas que nunca tive contato ou possibilidade de ver como de fato elas vivem em sociedade. Disso desde criança eu acha lindo ver a astros brancos de Hollywood adotando crianças de países emergentes da Africa, ou simplesmente confundia o continente africano como se fosse uma só nação, com um só povo que vivia em constante conflito e necessitava da ajuda dos países mais ricos para ter alimentos. 

Todo esse ponto de vista foi alimentado por filmes que assistia, por novelas, livros, da boca de professores, parentes e amigos. E ela só pode ser um pouco descontruida a partir do momento em que um país africano sediou a copa do mundo, quando começou a mostrar na mídia que no continente africano tinha um país localizado no extremo sul onde havia um povo com uma economia similar ao do Brasil, que tinha riquezas, que tinha uma cultura diferente da que via em filmes, que vivenciou uma luta politica pois existia brancos que la viviam e segregavam o povo negro, que naquele país africano nevava em alguns lugares.

Esse preconceito constituído em mim que alias ressalto hoje após ver tudo isso sinto-me envergonhado por ter compartilhado de tais pensamentos, ele é constantemente difundido para milhares de pessoas em vários lugares do globo terrestre. Tudo isso nós é apresentado constantemente e não pense você que esse equivoco de levar em conta uma unica historia ocorre apenas com o povo africano como vitima, mas dentro de nossa nação temos pessoas que acreditam que no norte e nordeste do país só existe pobreza, e nunca se passa na mente de algumas pessoas que em Manaus haja um polo tecnológico, ou que o Acre seja um estado em que seu povo tenha acessoa a internet (sim acreditem já ouvi isso de um amigo Capixaba).

Ter apenas uma unica historia é ruim pois liga diretamente um certo personagem que muitas vezes retrata um povo a um determinado arquétipo que na maioria dos casos não é verdadeiro, como o fato de achar que todo nordestino tem um sotaque igual, o que leva muitos amigos de fora da região sul da Bahia a vim se assustar com o modo que falo, eu também sou nordestino, baiano porém por vezes me questionavam porque minha forma de falar era tão distinta do modo de falar que eles veem por exemplo na novela Gabriela ou o filme Ó pai, Ó. 

Quando enxergamos de modo mais diversificado os retratos de um povo e tornamos possível que um povo possa mostrar perante o outro os seus diversos atores sociais, damos margem para que  as pessoas entendam que existe sim baiano com diferentes sotaques, que tem internet, shopping, aeroporto e asfalto no Acre e que Manaus é uma das mais importantes capitais com seu polo industrial. Só assim cai por terra esses esteriótipos.